terça-feira, 23 de agosto de 2011

O Rei, a Dama e o Mafioso em fuga

Texto traduzido e adaptado do original de Elizabeth Taylor’s Closing Act”, de Sam Kashner, publicado em 2011 na edição de 17 junho na revista Vanity Fair.
Na década passada, a vida de Elizabeth começou com um dos eventos mais catastróficos da história americana, o 11 de setembro de 2001, com os ataques terroristas. Michael Jackson estava em Nova York, onde ele tinha acabado de dar dois concertos, nos dias 7 e 10 de setembro no Madison Square Garden, para o qual ele havia trazido dois de seus amigos mais próximos e os seus ídolos: Marlon Brando e Elizabeth Taylor.
Sua ideia original tinha sido para eles sentarem no palco como duas grandes figuras da Ilha de Páscoa, acompanhando o programa, mas em vez disso, Marlon sentou-se na audiência. Todos os três encontraram-se presos na cidade após a queda das Torres Gêmeas. Michael tinha recebido um telefonema de amigos na Arábia Saudita, que advertiram que a América estava sob ataque.
Ele gritou no corredor do hotel para todos de sua comitiva, e para Brando, para sair imediatamente do hotel. Elizabeth estava hospedada em outro hotel, o St. Regis, a poucos quarteirões de distância. Agora, aqui é onde a história se complica. Em uma versão, estes três ícones da cultura pop americana planejaram uma fuga, com medo de que eles pudessem ser o próximo alvo. Michael e Marlon Brando tiveram problemas para deixar a garagem do hotel, porque os fãs continuavam batendo nas janelas do carro, seguindo-os pela rua, gritando.
Incapazes de voar porque o espaço aéreo estava fechado, eles saíram da cidade de carro. O ator Corey Feldman, a quem Michael tinha feito amizade quando Feldman era uma estrela ainda criança, lembra que ele e Michael haviam brigado na noite anterior ao show de Michael, no camarim de Elizabeth no backstage do Madison Square Garden. “Elizabeth não tinha chegado ainda, depois que 11/09 aconteceu:-” Mas lembro-me que no dia seguinte ao show, Michael estava tentando mandar Elizabeth para fora da cidade! Ele estava primeiro, à procura de um jato particular”, Feldman lembra. “Ele queria autorização para voar para fora de NY, mas tudo foi surreal. Eu não fui com ele.”
Um ex-funcionário de Michael Jackson diz que ele, como um ‘General Washington’, levou sua comitiva para um refúgio temporário e seguro em New Jersey, antes que os três astros seguissem para a estrada aberta. “Eles realmente foram para longe, para Ohio, todos os três em um carro que dirigiram eles mesmos!” lembra. Brando teria se irritado com seus companheiros de viagem, insistindo em parar em quase todos os KFC e Burger King que passaram ao longo da rodovia. Só podemos imaginar o choque causado nas pessoas em postos de gasolina e paradas para descanso de toda a América, com esses três refugiados ilustres dirigindo o próprio carro. Mas um dos amigos próximos de Liz e dos seus assistentes, que pede para permanecer anônima, insiste que Elizabeth não fugiu de Nova York com seus dois companheiros: “- Elizabeth ficou para trás”, ela insistiu, “ela foi à uma igreja para rezar, e ela foi para delegacia onde as pessoas que não conseguiram chegar em casa ou que tinham ficado para trás para procurar os seus parentes desaparecidos. Ela também foi até o Marco Zero, onde se reuniu com os socorristas. Depois, os aeroportos abriram e ela voltou para casa.”
Ela pode muito bem ter feito alguma dessas coisas, embora não surgiram relatos na imprensa de avistamentos de Elizabeth Taylor ministrando feridos ou aparecendo no Marco Zero. Mas foi durante e depois dessa crise que o relacionamento de Elizabeth com Michael, que já se adoravam, se aprofundou.

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