Esse blog é um espaço, uma homenagem para este artista incomparável que marcou um por um, todos os corações do planeta, e que sem dúvida deixou em todos nós, a sensação de que partiu cedo demais...
Michael usava luva para esconder as manchas de vitiligo que estavam surgindo na mão dele. A Karen Faye (maquiadora do MJ) afirmou isso.
Michael passava maquiagem na pele (maquiagem marrom para ficar da cor da pele dele) e usava a luva por cima.
Essa imagem aqui é de uma luva que MJ usou na turnê Victory,
em 1984:
(Reparem só na maquiagem que ficou na luva.)
O dermatologista de Michael, Arnold Klein, disse em uma entrevista que o vitiligo de Michael era muito ruim, difícil de ser tratado, e a decisão de ser branco não foi dele, simplesmente a doença foi o levando até onde ele chegou. Michael tomou remédios para acelerar o procedimento já que ele trabalhava com sua imagem, e ele querendo ou não, ficaria com 95% da pele branca, pois a doença se espalharia de qualquer maneira. Arnold disse que Michael teve perda da pigmentação da pele e manchas por todo o corpo, mas que em seu rosto e em suas mãos foi particularmente difícil de se tratar. Disse também que Michael era muito orgulhoso de sua herança negra, e acreditava que algum dos parentes de Michael, de fato, tinham Vitiligo.
Devemos considerar que na época em que Michael passou a ter a doença, não haviam tantos recursos, remédios e tecnologias para tratar disso.
Porque é que o cabelo de Michael que parece de quem acabou de acordar?
Marlo Henderson trabalhou nos álbuns Off the Wall e HIStory Michael Jackson (e em alguns dos Jackson 5).
Marlo precisava de uma foto para o seu currículo e pediu ao estúdio para pedir permissão. Em seguida, ele foi para o estúdio onde estava gravando Thriller e descobriu que Michael estava dormindo porque ele tinha passado a noite toda trabalhando.
Lhe sacudi para pedir para tirar uma foto juntos e ele acordou.
Michael foi amigável, mas disse: "Que …????!" Não queria levantar-se! mas no final ele o fez, saiu, tirou algumas fotos e voltou a dormir.
Michael olhou para Marlo entre os disparos, dizendo: “Eu não posso acreditar que esse cara foi me levantar para uma foto...”.
Mas posou com este aspecto e este cabelo recém-levantado.
Ele foi muito gentil em fazer isto, lembrou-se Marlo.
Marlo morava perto de Michael e o conhecia desde 1971. Eles costumavam se encontrar em um local de lavagem de carros em Encino, onde Michael estava lá toda semana, e ali os jovens conversavam por algumas horas em uma confeitaria enquanto eram lavados os carros.
Marlo lembra Michael como ele era despretensioso, sério, mas brincalhão, curioso e sempre querendo quebrar barreiras. Ele gosta desta fotografia porque é muito natural.
Esqueci-me de dizer que Marlo Henderson é guitarrista e aqui você pode ouvir uma entrevista de rádio na qual ele conta essa anedota (de aproximadamente 6,55 minutos):
que acabou de completar 25 anos e será relançado em breve em um conjunto de três discos,
foi forjado pela reação Wacko Jacko contra o pop star.
foto MJJ San Emerson
No auge de sua fama, Michael Jackson desapareceu... Em 1984, ele parecia estar em toda parte: nos comerciais da Pepsi e da MTV, no Grammy e até na Casa Branca; nas revistas Rolling Stone e Time e nos em todos os Estados Unidos, com a turnê Victory. No ano seguinte, porém, com exceção de uma breve aparição com We Are The World, ele estava longe de ser visto. “O ano de 1985″, escreveu Gerri Hirshey para a Rolling Stone, “tem sido um buraco negro para os observadores de Michael, que testemunharam o desaparecimento de um astro espetacular desde que o cometa Halley foi para o lado mais distante do sistema solar em 1910″. Era um movimento estratégico de um artista que entendia o poder da antecipação e da mística. 1986 foi a mesma coisa. Jackson era tido como um recluso “escondido”, e fez poucas aparições públicas.
Na sua ausência, apareceu uma enxurrada de histórias fantásticas sobre santuários, câmaras hiperbáricas e ossos do Homem Elefante. A maioria delas era inofensiva (e realmente divertiam Jackson), mas havia um lado mais sombrio na reação da mídia. Jackson se tornara o afro-americano mais poderoso na história da indústria do entretenimento. Ele não tinha somente construído um império com seus próprios álbuns, vídeos e performances de arrasar, como também havia ressuscitado a sorte da CBS/Epic Records, trazido vida à MTV e definido o nível das apresentações ao vivo. Inteligentemente, ele também mantinha total propriedade de suas gravações e, com a ajuda de seu advogado John Branca, adquiriu ativamente os diretos de publicações das canções da banda Sly and the Family Stone, de Ray Charles, e, claro, a jóia da coroa da música pop: o catálogo dos Beatles da ATV.
Não por acaso, foi este o exato momento em que a maré começou a mudar. De pesos pesados da indústria e da mídia, agora surgia suspeita, ressentimento e inveja. Ficou claro que Jackson não era apenas um ingênuo homem-criança (como era representado inúmeras vezes), ou um cantor e dançarino que sabia e aceitava o seu lugar como um artista estático e submisso.
Ele estava burlando algumas das figuras mais poderosas da indústria. Ele estava crescendo artística e financeiramente. E ele estava começando a aprender a manejar seu considerável poder e sua influência cultural para fins mais sociais e políticos.
“Ele não vai ser perdoado tão cedo por ter virado tanto o jogo”, escreveu James Baldwin, em 1985, “ele com certeza pegou o anel de bronze, e o homem que quebrou o banco em Monte Carlo não tem nada a mais que o Michael. Todo esse barulho é sobre a América, como a guardiã desonesta da vida e da riqueza dos negros; é sobre os negros, especialmente os homens negros nos Estados Unidos; é sobre a culpa americana, queimada e enterrada; e sobre os papéis sexuais e de pânico sexual; e sobre dinheiro, sucesso e desespero…”.
A reação, então, não era apenas sobre as percebidas excentricidades de Jackson. Era também sobre poder, dinheiro e formas mais sutis de dominação institucional e cultural. Nas décadas anteriores a Jackson, como James Brown colocou, os artistas negros estavam muitas vezes “no show, mas não no show business“.
Agora, Jackson era uma força financeira a ser contada. Seu status, no entanto, também o transformou num alvo enorme.
A partir de 1985, a mídia tornava-se cada vez mais cruel com o artista. “Eles desejam nosso sangue, não nossa dor“, Jackson escreveu numa nota, em 1987.
Os tablóides logo começaram a depreciá-lo com o apelido de Wacko Jacko (um termo desprezado por Jackson). Foi um termo aplicado pela primeira vez ao pop star em 1985, pelo tablóide britânico The Sun, mas sua etmologia vai mais longe.
Jacko Macacco era o nome de um famoso macaco usado nas rinhas de macacos na arena Westminster Pit, em Londres, no começo de 1820.
Posteriormente, o termo “Jacco” ou “Jacco Macacco” virou uma gíria londrina para se referir aos macacos em geral. O termo persistiu no século XX, quando os “Macacos Jacko”se tornaram brinquedos populares para as crianças da Grã-Bretanha na década de 50.
Eles permaneceram comuns nos lares britânicos até 1980 (e ainda podem ser encontrados no Ebay).
O termo “Jacko”, então, não surgiu do nada, e certamente não foi concebido como um termo carinhoso. Nos anos seguintes, ele seria usado pelos tablóides e pela mídia mundial como um desprezo que não deixava dúvidas sobre a sua intenção.
Mesmo para aqueles que não tinham conhecimento das raízes e da conotação racistadesse termo, obviamente, o usaram para humilhar e rebaixar seu alvo. Como na cena de Ralph Ellison no filme Homem Invisível, foi um processo com finalidade de reduzir Michael Jackson como ser humano e artista à Jacko, o espetáculo midiático para a diversão dos invejosos. (É importante notar que, embora o termo tenha sido usado amplamente pela mídia dos brancos, era raramente usado – isso SE usado – por jornalistas negros).
Este foi o começo da corrente sinistra que girava em torno de Jackson e que teve um grande impacto na psique dele e na do público (especialmente nos Estados Unidos). A tensão entre controle e liberação ou vazamentos durante o álbum Bad e seus vídeos.
No curta de Leave Me Alone, por exemplo, Jackson transmite sutilmente a realidade carnavalesca de sua vida como artista. Inspirado em parte por As Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift, um Jackson gigante é – literalmente – preso numa atração de um parque de diversão enquanto cachorros em ternos corporativos estacam no chão para mantê-lo no lugar. Mais tarde no vídeo, ele canta em jornais, notas de dólar e dentro de reconstituições de histórias sensacionalistas. É um exame astucioso sobre aprisionamento, exploração e dupla consciência na era Pós-Moderna.
Parte do “desaparecimento” de Jackson, então, também teve a ver com as realidades de sua vida. Ele não conseguia mais andar livremente em qualquer parte do mundo sem ser assediado, escrutinado e dissecado.
Seu retraimento era seu ofício. De 1985 a 1987, longe dos olhos do público, ele estava escrevendo e gravando fertilmente.
As sessões de Bad acabariam por gerar mais de 60 músicas em vários estados de conclusão. Em determinado momento, Michael considerou lançá-lo como um álbum triplo.
Jackson chamava seu estúdio caseiro em Hayvenhurst de “O Laboratório”. Este foi o lugar onde a magia era criada com um pequeno grupo de músicos e engenheiros, incluindo Matt Forger, John Barnes, Chris Currel e Bill Bottrel (muitas vezes referido como o “Time-B”). Hoje em dia, conta-se que Jackson escreveu no espelho de seu branheiro “100 milhões” – o número de cópias que esperava que Bad vendesse. O valor é mais do que o dobro do que Thriller havia vendido naquela época. Era esse o tamanho da ambição de Jackson.
No entanto, não era apenas o sucesso comercial que ele estava procurando. Jackson queria inovar. Ele contou aos colaboradores que queria criar sons que os ouvidos nunca haviam escutado antes. Novos sintetizadores animadores estavam entrando no ramo, naquele momento, incluindo o Fairlight CMI e o Synclavier PSMT.
“Eles realmente abriram outra esfera da criatividade”, lembra o engenheiro de gravação Matt Forger. “O Fairlight tinha essa caneta de luz que podia desenhar uma forma de onda na tela e te permitia modificar a forma dela. O Synclavier era apenas uma extensão disso.
Muitas vezes, nós terminávamos a combinação de dois elementos de sintetizador em conjunto para criar um personagem único. Você poderia fazer isso com o Synclavier, mas também tinha a habilidade num incremento muito fino para ajustar a batida de cada som. E, fazendo isso, dava pra realmente ajustar o som.
Nós estávamos criando um monte de caracteres novos e, então, criávamos uma combinação de sons mixados com síntese FM”.
Jackson estava fascinado com essas novas tecnologias e procurava constantemente novos sons. A abertura de Dirty Diana, por exemplo, foi criada por Denny Jaeger, um especialista em Synclavier e designer da Bay Area. Quando ouviu falar de Jaeger e sua biblioteca de novos sons e paisagens sonoras, Jackson estendeu a mão e o recrutou para Bad. Os sons de Jaeger, por fim, apareceram em Dirty Diana e Smooth Criminal. “Michael estava sempre em busca de algo novo”, diz Forger. “Quanta coisa podemos inventar sozinhos, pesquisando ou encontrando? Havia muito disso acontecendo. Era isso que ‘O Laboratório’ significava”.
O que torna Bad tão intemporal, no entanto, é a maneira como Jackson foi capaz de complementar essa inovação tecnológica com qualidades mais orgânicas, mais comoventes. Em The Way You Make Me Feel, por exemplo, o implacável movimento da batida é justaposto com todos os tipos de qualidades naturais e improvisadas que dão à canção o seu encanto: o vocal ad libs, o estalar de dedos, as harmonias blues, os grunhidos de percussão e suspiros, as exclamações.
O engenheiro de gravação e Bruce Swedien fala sobre como deixou todos os hábitos vocais de Jackson como parte do “quadro geral do som”. Ele não queria fazer uma música “anti-sépticamente limpa” porque perderia seu efeito visceral.
De muitas maneiras, Bad foi o amadurecimento de Jackson como artista. Quincy Jones o desafiou no início a escrever todo o material e Jackson respondeu, escrevendo 9 das 11 faixas do álbum e dezenas de outras que foram deixadas fora. “Estude os grandes”, ele escreveu numa anotação, “E torne-se o melhor”. Ele falava sobre a “anatomia” da música, falava sobre dissecar suas partes. Ele também estava lendo um grande negócio, incluindo a obra de Joseph Campbell. Ele queria entender o que o simbolismo, os mitos e os temas ressoam ao longo dos tempos e por quê.
Naquela época, ele levou demos para o Westlake Studio para trabalhar com Quincy Jones e Bruce Swedien (o “Time A”), onde a maioria dos elementos-chave das canções tomaram lugar. Agora, era uma questão de detalhes: pinceladas de cores, polimento, aumentos e, para desgosto de Michael, enxugamento. Russ Ragsdale, o engenheiro-assistente, estima que mais de 800 fitas foram criadas para Bad, um número extraordinário.Pilhas de sintetizadores enchiam a sala de monitoramento, onde Jackson muitas vezes trabalhava com o programador de sintetizadores John Barnes. Vocais foram gravados até que Jackson se sentisse satisfeito. Michael, Quincy Jones e Bruce Swedien continuavam ajustando e debatendo as decisões até o último minuto antes do fim do prazo.
Da mesma forma, muita atenção foi dada para os curta-metragens. Em seus comentários após o vídeo de Bad, Jackson indicou não estar ainda completamente satisfeito com a coreografia. Os movimentos tiveram de ser internalizados para que não houvesse qualquer porém. Ele teve que se dissolver nos passos e na música até que se tornasse puro sentimento.
Muitas pessoas ainda não se dão conta da entrada de Jackson em cada detalhe de seu trabalho, de coreografias até a iluminação de trajes para a história. Enquanto ensaiava para o curta de Smooth Criminal, Michael explicou eloquentemente ao diretor Colin Chivers e ao coreógrafo Vincent Paterson a tensão e a libertação que ele esperava alcançar.
“É por isso que nós construímos isso numa montanha e o trazemos para baixo”, ele instruía. “Então, no topo [efeitos de som feitos com a boca] com as cordas altas.
Algo que apenas monte a emoção que nós não colocamos nisso [efeitos de som feitos com a boca]. Apenas uma buzina ou alguma coisa assim, você sabe… Pra montar o sentimento da música… Eu quero que a música represente o modo como nos sentimos… Tem que ditar a nossa emoção, o nosso humor.
Estamos expressando a forma como todos se sentem. É uma rebelião.
Vocês estão me entendendo? Estamos lançando o que sempre quisemos dizer pro mundo.Paixão, e raiva, e fogo!”.
25 anos depois, os resultados falam por si. Vídeos como Bad e Smooth Criminal estão entre os melhores que o meio tem a oferecer. Canções como Man in the Mirror, The Way You Make Me Feel, Dirty Diana e Another Part of Me permanecem como clássicos no vasto catálogo de Jackson. Ouvir o álbum remasterizado, incluindo os 3 CDs Bad 25 que serão lançados em 18 de setembro, é um lembrete de sua personalidade e seu prazer singular. Ouça as linhas de propulsão do baixo, as camadas de ritmo, a experimentação vocal, as narrativas cinematográficas, as exclamações de assinatura e o vocabulário inventado, a vitalidade e a alegria pura. Este é o pop em seu ponto mais dinâmico, e está, juntamente com o melhor trabalho de Prince, como um dos melhores álbuns da década de 80.
Bad é um retrato do artista no auge de sua forma – ousado, criativo e confiante. Tanto agora como naquela época, “o mundo inteiro tem que responder”.
O apresentador de TV, William Wagener, conta a história de uma revelação que teve de 'Deus', em 2005, na época do julgamento, quando estava na frente dos portões de Neverland: ‘Michael Jackson é completamente inocente de todas essas acusações. Ele será declarado não culpado de todas as dez acusações... Michael Jackson é meu. Michael me pertence’. Este é um pequeno vídeo de uma entrevista de três horas, em 8 de outubro de 2010, com a Reverenda Catherine Gross, em seu programa de rádio blog 'Um lugar no seu coração’.
Links para mostrar seus sites:
-http://www.blogtalkradio.com/a-place-in-your-heart// WILLIAM WAGENER
YouTube:
http://www.youtube.com/user/williamwagener
O que faz um jornalista se expor dessa maneira; o que faz pintores profissionais se exporem dessa maneira, diante do mundo, se não fossem movidos por algo muito grande, ainda que imperceptível ao nível dos cinco sentidos que conhecemos?!
Bem sei que muita gente vai julgar e dizer que é oportunismo; que estão usando o nome de Michael para se promover e ganhar dinheiro... Será mesmo?! Será que é só isso mesmo?! Será que ninguém é capaz de fazer algo desinteressadamente?!
Eu senti na alma e na carne o que é essa energia desconhecida, quando escrevi o livro SIMPLESMENTE MICHAEL. Eu nunca tive a intenção de escrever um livro sobre Michael; isso veio de dentro, de repente, e com uma força e uma urgência espantosas. Eu não tinha controle sobre esse processo, eu escrevia coisas que não saíam da minha mente: saíam de algum lugar dentro de mim. Eu escrevi como se conhecesse Michael por dentro, eu senti o que ele sentia, tanto as dores quanto o êxtase da sua alegria criança. Foi mágico... E continua sendo.
Eu me expus à opinião pública tal como essas pessoas estão se expondo, e não tememos isso.... Não importam as consequências. O Espírito vem e ordena: DO IT! FAÇA! E fazemos. Não controlamos isso.
Se levarmos em conta que são pessoas que nunca tiveram um único contato; pessoas que sequer sabem da existência uma da outra... Como explicar que tantos sejam levados a se exporem à palmatória do julgamento social, e até religioso?!
O cineasta americano Spike Lee apresentou nesta sexta-feira, na 69ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza, o documentário "Bad 25", uma verdadeira "carta de amor" do diretor a Michael Jackson por conta do 25º aniversário de lançamento do álbum "Bad".
O documentário, que é exibido em uma mostra não competitiva, resgata clipes e uma série de imagens de shows do "rei do pop", todos relacionados com os principais sucessos desse disco, como "Bad", "The Way You Make Me Feel", "I Just Can''t Stop Loving You", "Dirty Diana", "Smooth Criminal" e "Man In The Mirror".
"O que Michael Jackson significa para mim está escrito aqui, está incorporado neste documentário. Isto é uma carta de amor a Michael Jackson. Cresci com ele. Na época em que ele fazia parte do Jackson Five, eu queria ser como Michael Jackson. Tinha o cabelo afro, mas não podia cantar e dançar como ele", afirmou o cineasta durante a apresentação documentário em Veneza.
"Além disso, o documentário me deu a chance de poder trabalhar com as pessoas que sempre acompanhei. Para mim, foi uma confirmação de quão duro Michael Jackson trabalhava. São professores em seus terrenos", acrescentou o cineasta.
Com entrevistas da época e outras recentes, Spike Lee, que participa pela nona vez do Festival de Veneza, dá voz a todos aqueles que colaboraram com Jackson em "Bad", desde o produtor Quincy Jones até Martin Scorsese e Wesley Snipes, diretor e ator, respectivamente, do clipe da faixa homônima.
Os cantores Mariah Carey, Chris Brown, Kanye West e, inclusive, o jovem Justin Bieber são outras celebridades da música que participam desta homenagem ao falecido "rei do pop".
"Um dos motivos pelos quais eu queria fazer esse documentário era que, quando a gravadora Sony me ofereceu este projeto, eles queriam que me concentrasse somente na música. Durante muitos anos - eu me incluo - nos concentramos só na música e não em Michael Jackson. Agora, temos que reconhecer o gênio que era", comentou Spike Lee.
"Não vimos o sangue, o suor que estava por trás. Está era uma oportunidade de poder descobri-lo, falando com músicos e falando com gravadores. É preciso lembrar que ''Bad'' sucedia ''Thriller'', que até hoje é o álbum mais vendido da história. Imagina a pressão de Michael por repetir este êxito", acrescentou.
Segundo o cineasta americano, o "rei do pop" não se sentava simplesmente e começava a criar, mas estudava os grandes artistas de outras áreas, como a fotografia e a dança, e o que aprendia com eles incorporava em seu trabalho.
"Michael tinha um talento musical nato. Frequentemente, ele criava canções somente usando um gravador. Ele não precisava escrever. Ele fazia o som das melodias, dos instrumentos, de tudo. A música ficava praticamente pronta no gravador. Ele tocava muito bem piano e tinha habilidade para criar todos os aspectos de uma canção", apontou.
Através das inúmeras lembranças que surgiram durante as gravações dos clipes e das músicas de "Bad", Spike Lee constrói um discurso narrativo baseado na peculiaridade e originalidade de Jackson. Neste aspecto, a canção "Man in The Mirror", que finaliza o documentário, aparece como a trilha sonora de sua morte, ocorrida em 2009.
''Man in The Mirror'' se transformou em um hino para ele, como quando assassinaram a John Lennon, que as pessoas cantavam ''Imagine''. Quando Michael Jackson morreu, o povo cantava ''Man in The Mirror''", disse o cineasta, que ressaltou que até os filhos do cantor estão querendo ver este documentário para aprender mais sobre o pai.
Além da apresentação de "Bad 25", Spike Lee também receberá o prêmio "Jaeger-Le Coultre - Gloria ao Cineasta" por ser, segundo a organização do Festival de Veneza, um "espírito criativo e combativo, autor de filmes audazes e mordazes, com frequência imprevisíveis e provocativas no melhor sentido da palavra".
“Captain Eo aconteceu porque os estúdios Disney desejavam que eu programasse uma nova atração para os parques.
Eles disseram que não se importavam com o que eu fizesse, desde que fosse algo criativo.
Tive essa grande reunião com eles, e no decorrer da tarde, disse-lhes que Walt Disney era um herói para mim e que eu estava muito interessado na história e filosofia Disney.
Quis fazer algo com eles, algo que o próprio Sr. Disney teria aprovado. Tinha lido diversos livros sobre Walt Disney e de seu império Criativo, e foi muito importante para mim a fim de fazer as coisas como ele aceitaria.
No final, eles me pediram para fazer um filme e eu concordei. Eu lhes disse que gostaria de trabalhar com George Lucas e Steven Spielberg. Descobriu-se que Steven estava ocupado, então George trouxe Francis Ford Coppola e essa foi a equipe de 'Captain Eo'.
Captain EO é sobre a transformação e a maneira como a música pode ajudar a mudar o mundo. George apareceu com o nome de Captain EO. (Eo em grego significa amanhecer).
A história é sobre um jovem que vai em uma missão a este planeta miserável, dirigido por uma rainha má. A ele é confiada a responsabilidade de trazer luz e beleza aos habitantes. É uma grande celebração do bem sobre o mal."– Michael Jackson, livro Moonwalk.
Captain Eo - Parte1
Captain Eo - Parte2
Captain EO é um filme 3D estrelado por Michael Jackson e dirigido por Francis Ford Coppola, que foi mostrado nos parques temáticos da Disney de 1986 a 1990. A atração voltou para os parques temáticos da Disney, em 2010, como uma homenagem após a morte de Jackson. O filme foi coreografado por Jeffrey Hornaday e Michael Jackson. Captain EO é considerado como um dos primeiros filmes 4-D (4D é o nome dado a um filme 3D que incorpora no teatro, efeitos especiais tais como lasers, fumaça, entre outros, quando sincronizado com a narrativa do filme).
Está inovação foi sugerida pelo escritor-produtor Rusty Lemorande que é, portanto, por vezes referido como "O Pai de 4-D".
Captain EO fez pleno uso dos seus efeitos 3D.
A ação na tela estendida para o público, incluindo efeitos de laser, efeitos de fumaça, e starfields que encheram o teatro.
Esses efeitos resultaram em dezessete minutos de filme custando cerca de 30 milhões de dólares para produzir.
A versão de 2010 não inclui o laser e nem efeitos starfield.
Foi criado um making of, lançado junto com o filme, que continha cenas inéditas por trás das câmeras que ficou conhecido como Captain EO: Backstage. A peça foi produzida para a televisão pela MKD Productions e foi dirigida e organizada por
Muffett Kaufman e Whoopi Goldberg, simultaniamente .
Making of
O filme conta com duas músicas principais: "Another Part of Me", que foi remixada e lançada no álbum Bad (de 1987), e "We Are Here to Change the World" que só foi lançada oficialmente no álbum Michael Jackson: The Ultimate Collection (de 2004).
"Captain Eo" originalmente foi passado na Disneylândia 1986-1997. Ele foi trazido de volta para o início de fevereiro de 2010 em Tomorrowland. Abaixo estão alguns vídeos sobre a primeira apresentação oficial em 23 de fevereiro de 2010.