segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Acontecimentos engraçados com MJ e David Gest

Eu e Michael voamos para Nashville, e Michael alugou um carro. Ele dirigia. Logo começou a dirigir feito doido, totalmente maluco. Em Nashville, nos hospedamos em um hotel muito bom, Spence Manor. Chegamos ao lado de um sistema de interfones, pelo qual você tem que passar para chegar, ao atravessar os portões principais.
Michael não conhecia Nashville, então está era uma oportunidade para se divertir um pouco. Disse-lhe que, porque estávamos na Cidade da Música, teríamos que cumprir uma das tradições locais:
"Michael, você tem que cantar para o porteiro", eu disse.
"Cantar o quê?" 
"Você tem que cantar ‘It’s Music City and I am here. I’m Mike McDonald so let’s raise a cheer.’ (... esta é a Cidade da Música e eu estou aqui. Sou Mike McDonald, então vamos elogiar...). Caso contrário, eles não vão deixar você entrar. Você tem que fazer isso."
Ele me deu um olhar confuso, mas lá foi ele. O cara do interfone chegou e disse, com seu sotaque sulista:
"Como posso ajudá-lo?" Michael começou a cantar, e a voz no interfone respondeu: "Desculpe, mas não permitimos a entrada de pessoas estranhas por aqui." Eles não iriam abrir o portão.
Eu estava rindo tanto que me abaixei até o chão. Michael não chegou a fazê-lo por um momento, mas quando o fez, ele quase fez xixi na calça, também. Ele não podia acreditar que tinha sido tão idiota em fazer aquilo!


Michael e eu costumávamos nos divertir, pregando peças nos outros. Minha brincadeira preferida era alterar a minha voz e fingir ser outra pessoa - eu amava fazer vozes. Nos primeiros dias de trabalho em conjunto, Michael ficou em um hotel em Little Rock (Arkansas). Ele tinha acabado de chegar e eu sabia que a primeira coisa que ele faria, era ver o serviço de quarto. Assim que ele chegou ao seu quarto, liguei para cima, simulando a voz de uma mulher, e disse:
"Querido, você quer pedir serviço de quarto?"
"Oh sim, baby, eu gostaria de um hambúrguer", disse ele. 
(Ele sempre chamava as pessoas de baby) 
"Ok, querido", eu respondi.
"Eu gostaria de mostarda e ketchup."
"Baby, não temos mostarda e ketchup." 
"Nada?", questionou. 
"Nada. Nós fizemos o pedido e estamos com dois dias de atraso para o recebimento", respondi. 
"Ok, eu vou pedir maionese." 
"Não temos maionese." 
"Queijo e alface?" 
"Não temos queijo ou alface." 
"Batatas fritas?" 
"Sem fritas." 
"Bem, basta colocar um pouco de manteiga e tomate no pão."
"Querido, não temos pães, apenas torradas." 
A esta altura, ele começou a protestar: "Você não tem mostarda, você não tem ketchup, você não tem batatas fritas, você não tem pães. Que tipo de restaurante é este?" Comecei a rir. Eu fiz exatamente a mesma coisa com ele, 25 anos depois. Nós não estávamos trabalhando juntos, mas eu sabia onde ele estava hospedado.


Nós íamos para a Disneylândia. Nós dois amávamos montanhas-russas. Às vezes, entrávamos 20 vezes na mesma fila. Muitas vezes, Michael usava disfarces. Uma vez, ele era um Sheik e eu era o seu tradutor. Nós iríamos a um restaurante local, chamado Carnation Restaurant, na Disneylândia, onde serviam salada de atum e sanduíches.
Michael estava comendo apenas alimentos orgânicos, embora, naquela época, ele tinha uma ideia muito estranha do que era orgânico. Nós iríamos ao KFC, Michael havia contado que, se você tirar a pele do frango, ele se orgânico... De qualquer forma, em Carnation, neste dia em particular, haviam duas mulheres idosas e um cavalheiro próximo aos 80 anos de idade, de Croydon. 
Começamos a conversar em árabe, um com o outro. Quando olhei para as as duas senhoras, virei-me para uma delas e disse-lhe: "O Sheik Majolini gostaria que eu lhe dissesse que a senhora é uma linda mulher, e que ele gostaria de ter a sua amizade."
Essas duas senhoras, provavelmente, não haviam sido elogiadas desta forma nos últimos 20 anos, de modo que começaram a sorrir. Em seguida, começaram a falar. Elas perguntaram o que o Sheik estava fazendo aqui e eu disse que ele tinha acabado de se divorciar de sua esposa número 97, e agora estava com seu filho número 154.
"Ele tem 154 filhos?" perguntaram, chocadas. "Que ele conheça...", eu disse. "Ele teve 97 esposas ..." e eu comecei a nomeá-las, "Jada, Jami, Shakira, Vera..." Michael ia dizendo seus nomes, em imitação árabe. Não havia nada de malicioso nele, apenas adorava pregar peças nas pessoas. Às vezes, porém, nós seríamos a piada...


A coisa mais engraçada que já nos aconteceu, foi quando fomos à uma casa de panquecas, uma noite. Foi após o horário habitual do Dupars, nosso restaurante de costume, que já havia fechado. Fomos então para outra casa de panquecas que conhecíamos, Ventura Boulevard.
Havia apenas um casal lá dentro, normalmente servindo cerca de 150 pessoas. A garçonete que nos atendeu estava próxima dos 60 ou 70 anos de idade. Isso foi por volta de 1979, quando Off The Wall foi lançado. Michael era o artista número 1 no mundo, ela, contudo, não o reconhecera.
Chegamos à mesa e ela veio para fazer o pedido. Eu usei um sotaque árabe e foi "Yamaka fallesh." Michael começou a rir. A garçonete deu um tapa no rosto de Michael, com as costas de sua mão. Ela disse: "Isto não é engraçado. Seu amigo é de um país estrangeiro e você tenha respeito pelas pessoas de países estrangeiros!" 
Michael ficou nervoso. Ele não estava acostumado a ser tratado desta maneira, em público. Ele esquivou-se para mais distante dela, para que não levar outro tapa novamente. e eu perguntei: "O que é a panqueca? Explique, por favor."
A garçonete imitou um movimento pressionando... Ela disse: "É como um bolo que você pressiona para baixo." Michael começou a rir novamente e ela levantou a mão novamente, então ele afastou-se para mais longe. Ela disse: "Ok, eu vou levar você à cozinha." Ela e o cozinheiro nos mostraram como faziam panquecas. Pedi algumas. Quando as panquecas vieram à nossa mesa, eu peguei a garrafa de molho e esvaziei o frasco inteiro em cima da panqueca. 
Ela imediatamente me deu um tapa no rosto. Doía. "Não é engraçado", disse ela. Michael estava rindo de novo. Ela me serviu novamente e eu comi. Quando saímos, Michael deixou-lhe uma nota de $200. Estávamos no estacionamento, voltando para o Rolls Royce de Michael, quando a garçonete veio correndo atrás de nós. "Eu não vou ficar com isso. Vocês, rapazes, provavelmente trabalham para pagar a faculdade e precisam do dinheiro", disse ela, nem mesmo percebendo o carro que ele dirigia. Michael insistiu, mas ela disse: "Não, eu não vou ficar com ele."


Nós entrávamos no carro e cantávamos músicas, juntos. Ele costumava me dizer que eu era o pior cantor que ele já tinha ouvido! Ele sempre me fez rir. Michael tinha um grande senso de humor que nunca ví na maioria das pessoas. Nós amávamos ir a lojas de antiguidades de móveis e pinturas, bem como memorabilia. 
Nosso coisa favorita era entrar em uma loja e perguntar: "Você tem alguma pintura de John LeCockah?" O antiquário responderia: "Nós vendemos o último, por US $ 100.000." Eu diria para Michael: "Oh não, ele vendeu a última pintura de John LeCockah." Então, implorávamos para ele conseguir outro e ele diria: "Eles são muito difíceis de encontrar..." Então sairíamos dizendo: "Nunca compraremos deste comerciante, ele não tem o pintor que procuramos." Michael rolava de tanto rir. Ele tinha uma risada que era como uma gargalhada: HHK hhk hhk hhk hhk


Michael amava passar trotes nas pessoas, também quando estava na minha casa. Ele apenas pegava o telefone, discava um número aleatório. A pessoa do outro lado iria pegar o telefone e Michael diria: "Quem é..?" Ela iria responder algo como: "É Lenore." Ele diria: "Oh, Lenore, ouça, precisamos nos divorciar... Eu não posso continuar assim." Ela diria: "Não, não, você está enganado!"  Michael interrompia, dizendo: "Não, Lenore, nem sequer tente isso comigo. Eu apenas estive com você. Vamos dividir a propriedade de forma uniforme e tudo, mas tem que ser dessa maneira!" Então ele iria desligar, deixando a pessoa do outro lado da linha se perguntando o que diabos tinha acontecido.


Igreja Al Green, 1978 - Quando chegou a hora de irmos para a festa, Michael chorava de dor. Era o pior caso que havia tido, por usar uma cueca apertada demais. Ele não conseguia se mover. Os lados das pernas estavam todos doloridos e tinha saído uma erupção cutânea. Fomos à igreja Al Green no dia seguinte, apesar de Michael ainda estar com muita dor. A erupção havia se espalhado por toda suas pernas e ele não podia andar corretamente. 
Quando chegamos, estavam cantando o clássico de Curtis Mayfield, People Get Ready. Ele tinha aquele efeito mais surpreendente sobre as pessoas, só que agora era em um sentido mais religioso. A mulher sentada ao nosso lado, de repente, começou a se alterar, como mulheres americanas de origem sul-africana fazem, quando vão à Igreja. Ela começou a falar em línguas, pulando para cima e para baixo.
Então, ela caiu sobre a virilha do lado direito de Michael. Eu nunca vou esquecer o olhar no rosto de Michael. Foi puro horror. Ele apenas ficou lá, congelado, obviamente, com dores terríveis, sussurrando: "..me ajude, me ajude..." Eu apenas sorri para ele e disse: "O que eu vou fazer? Eu não vou conseguir afastá-la de você. Vai ter que se virar sozinho, hoje." Aquela mulher ficou ali por 10 minutos. Foi só quando Al Green chamou Michael para cantar com ele que fomos capazes de removê-la de cima da virilha de Michael.


Fonte e créditos:
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