domingo, 11 de março de 2012

LIVRO: "Conspiração Michael Jackson by Afrodite Jones - PARTE 1"

Viver será uma enorme aventura” Peter Pan

CAPA
TÍTULO ORIGINAL: MICHAEL JACKSON CONSPIRACY
AUTORA: APHRODITE JONES
ANO DE PUBLICAÇÃO: 1 DE JUNHO DE 2007
“Para qualquer um que queira saber o que aconteceu no julgamento de Michael Jackson, esse é o livro para ler”  Thomas Mesereau Jr., principal advogado de Michael Jackson.

NOTA DA AUTORA:
"No dia em que Michael Jackson foi absolvido, a estrela da Fox, Bill O‟Reilly, me questionou o veredicto. Por meses, eu havia comentado o processo no canal, falava-se muita coisa contra Jackson, principalmente dando-se a acreditar que o pop star era culpado. Quando O‟Reilly me informou o veredicto de “Inocente”, eu comecei a gaguejar. O‟Reilly precisava de uma resposta direta e eu finalmente dei a minha opinião: o júri fizera a coisa certa. Mas parte de mim ainda estava em choque. Fiz o meu último comentário público sobre o caso percebendo que tinha me tornado alguém da mídia que predeterminou o resultado de uma injusta experiência. Muitas pessoas à minha volta estavam tão confiantes da culpa de Jackson! Certos repórteres tinham inclinado TVs e rádios a cobrirem a execução da sentença e eu fui a única a seguir numa outra perigosa direção. De qualquer forma, eu conhecia a verdade. Quando li a manchete do veredicto de “Inocente” em todos os jornais, me senti envergonhada por ter feito parte da indústria da mídia que parecia motivada em destruir Jackson. Poucas horas depois, contatei o primeiro jurado do caso, Paul Rodriguez, que me afirmou que Michael tinha sido um alvo. O primeiro jurado ainda disse que Jackson se mostrou sincero e que não era culpado em nenhuma das acusações. Ele sentiu que
Michael fora uma vítima da mídia. Escrever um livro sobre a inocência de Michael Jackson nunca passou pela minha mente, não durante a experiência em Santa Maria. Respeito muito o advogado Tom Mesereau, e constatei o porquê de o júri ter sentenciado “Inocente” em todas as acusações, mas eu não tinha a intenção de divulgar a minha própria fonte de informações. Certamente não queria ser injusta e expor à mídia o meu “amigo” unilateral.
Façamos uma limpa: estavam lá 22 mil pessoas, entre repórteres credenciados e menos maravilhosos admiradores que tentavam forjar a imagem de um Jackson culpado; algumas dessas pessoas faziam parte do meu círculo de amigos. Não há nome de nenhuma delas neste livro, mas uma que deve saborear a péssima experiência de ser o verdadeiro culpado é Martin Bashir. Admito que estive lá durante todo o julgamento. Quando vi Jackson triste, senti que toda a imprensa estava contra ele. Eu precisava saber que os fãs estavam insatisfeitos com a cobertura da mídia e decidi ir à frente dos portões de Neverland para fazer as pazes com eles. Fui com a intenção de mostrar que eu não fazia parte daquela injustiça cometida à Michael, disse a eles que sempre mostrei os fatos. Tentei convencê-los de que não tinha um programa. Mas eles não acreditaram em mim, já que tinham me visto no noticiário e muitos achavam que eu estava mentindo. Fiquei bastante tempo falando para as pessoas que eu estava fora da daquela sujeira em torno de Jackson, mas muitos não se interessaram nas minhas desculpas. Escutei o que seus fãs tinham a dizer, eles vinham de vários lugares: Espanha, Irlanda e até do Irã, e também relatavam o seu lado da história. Os ouvi insistir que a mídia americana era corrupta, que os americanos odiavam Jackson por todos os motivos errados. Algumas pessoas traziam cartas e cartazes, outros falavam de Michael e sua amizade com as crianças que são aceitáveis em algumas partes do mundo – outras da América. Seus fãs me impressionaram. Sim, estavam lá alguns fanáticos – uma mulher me chamou de prostituta em espanhol; mas ao mesmo tempo, vários deles me pareceram ter um bom coração. Alguns me deram o beneficio da dúvida. Apreciei isso.
Eu tirei várias fotos dos fãs nos portões de Neverland cobertos de corações feitos pelos admiradores de Michael. Depois de um tempo, um pequeno grupo começou a caçoar da família Arvizo e de suas malucas contradições. Eles estavam imitando Janet Arvizo – o que foi gravado e assistido apenas por Michael Jackson e seus parentes. Nas contradições mostradas, Janet  Subitamente, muitas pessoas se mostraram preocupadas e cautelosas com aquele grupo. Apenas a família de Michael os apoiou. Em coro repetíamos o que ela dizia: “Onde estavam eles quando eu não podia alimentar meus filhos, mesmo com uma caixa de cereal?” “Onde estavam eles quando meus filhos e eu chorávamos?” “Onde estavam eles quando meus filhos e eu ficávamos sozinhos?” “Onde estavam eles quando eu não tinha dinheiro suficiente para pagar a passagem do ônibus?” “Onde estavam…?”, nós nos perguntávamos repetidamente e ríamos do melodrama de Janet. Devido a essa visita à Neverland, minha reportagem foi imediatamente retirada do programa, já que eu lançava mais uma idéia sobre Michael Jackson não ser culpado, e tentava ficar longe dos comentários negativos. Tive que começar a editar grande parte das noticias. Como se não bastasse me preocupar com aquelas exageradas manchetes, eu também era obrigada a contribuir para o programa de rádio de Michael Reagan (o filho adotivo de Ronald Reagan), onde passava semanas tendo que massacrar a imagem de Michael Jackson. Se era uma conspiração da mídia, eu era culpada. Algumas semanas depois, todas as emissoras retiraram seus últimos equipamentos de Santa Maria, e eu me encontrei sozinha, perdida sem a presença de Michael, sem a comodidade de ter meus amigos da mídia me ajudando.
Me senti destruída. Santa Maria é um bom lugar, mas tornou-se vazio para mim. O caso Jackson estava encerrado e aquela cidadezinha se tornou estranha. Imaginava que tinha amigos no meu trabalho, mas percebi que muitos não eram sinceros. Eles usaram as minhas informações e partiram para a próxima estória. Alguns foram para Aruba cobrir o caso de uma adolescente desaparecida. Felizmente, eu não estava preocupada com as aquelas notícias mirradas, eu tinha em mente uma grande quantidade de informações e precisava descrevê-las, esperava escrever um livro sobre Jackson porque, depois de tudo, sabia que não era uma simples experiência. Queria mostrar os fatos, fundamentando como uma autora. Desde que estive no tribunal como repórter freelance de TV, eu tinha a autorização para entrar e sair da Corte em segredo e ter tudo enviado para a minha casa. Sentada com meus pensamentos ainda em Santa Maria, tentei determinar o que fazer com toda aquela documentação anotada no meu bloco de notas enquanto eu assistia às sessões no tribunal. Decidi juntar as coisas e guardar tudo, caso a ideia do livro se materializasse. Enquanto fazia a minha jornada de volta à costa leste do país, comecei a analisar o desperdício de dinheiro submetido aos contribuintes, especialmente os da Califórnia. Era impossível calcular a quantia exata de dólares desperdiçados, mas os números se aproximavam dos milhões. O julgamento de Jackson foi um dos maiores eventos da história dos Estados Unidos. A quantia de dinheiro gasto apenas na segurança foi simplesmente ultrajante. Considerei a cara “taxa de impacto” que me pediram para pagar à Santa Maria como algo que nunca vi em nenhum julgamento que participei durante toda a minha carreira. Eu queria entender por que me pediram pra pagar tanto dinheiro para participar de um processo público que deveria ser aberto à qualquer contribuinte dos Estados Unidos.
E finalmente, fiquei me perguntando por que algumas pessoas da mídia pareciam me ver como “menos do que” uma repórter, especialmente quando havia pessoas como Marcia Clark – que, sem sucesso, tinha sido uma das promotoras do caso de O.J. Simpson – do lado de fora da Corte de Santa Maria como repórter do Entertaiment Tonight. Foi surpreendente pra mim que este talento da rede me visse como incapaz de fazer uma reportagem de TV. Apesar de eu ter sido repórter e comentarista de TV por muitos anos, durante todo o julgamento de 5 Jackson, eu sabia que estava sendo destruída pelas costas. Às vezes, era atacada verbalmente por repórteres, bem na minha frente. Fiquei me perguntando por que eu tinha sido submetida a tanto drama, a tanta despesa e agonia – tudo por nada. Quando viajei para Nova York, descobri que nenhum editor americano queria tocar em qualquer livro de Michael Jackson – especialmente num que contasse a versão de Jackson da história. Fiquei devastada! Mas, então, lembrei de Michael. Imagine como ele se sentia, estando realmente sozinho naquele inferno pelo qual passava. Sendo o único e principal assunto de uma mídia que só queria destruí-lo. Ele era a única pessoa prejudicada com isso tudo. Menos de um mês após a sua absolvição, percebi que Jackson, seus três filhos e a babá tinham se mudado para o reino do Bahrein, no Golfo Pérsico, à convite da Família Real do Sheik Abdullah.
Michael, então, tinha sua privacidade de volta, ele poderia encontrar um caminho para sua recuperação, relaxar e refletir. Supostamente, o pop star recebeu propostas para abrir um vinhedo ou um parque de diversões, mas não se interessou. Michael Jackson tinha grandes planos, mas naquele momento, ele queria apenas esquecer seu pesadelo. Meses depois, entrei em contato com o juiz Rodney Melville, que escreveu, a meu pedido, um mandado que me permitia revisar todas as fotografias e evidências criminais do caso. Gastei muito tempo com viagens à Santa Maria, já que falava-se torrencialmente em documentos e fotos pessoais de Michael em Neverland. Gravei as evidências que eu tinha visto durante o julgamento, requisitei cópias das transcrições e li todas aquelas notas de citações das testemunhas. Neste livro estão exatamente as transcrições do tribunal. Tenho um manifesto de quando estive na Suprema Corte de Santa Maria, um baseamento complexo revisado por horas que nunca foi publicado. Na Corte, um escrivão monitorava as minhas notas. Fiz uma pausa momentânea no momento do interrogatório em que policiais alegaram não estarem totalmente certos sobre algumas questões em particular. Eu revi os interrogatórios com as acusações da polícia e questionei a Corte sobre as conclusões empregadas.
Queria saber se tinham filhos, se eles já tinham 13 anos e conheciam a sexualidade das crianças. A Corte observou muitas conclusões inquietantes em suas mentes. Claro que sabiam que, certamente, eles fizeram 13 anos. Com isso, eu tinha minha resposta. Decidi entrar em contato com os advogados de Jackson e o jornalista Pearl Jr. – que também cobriu o caso – e marcamos um almoço em Los Angeles. Pearl Jr. me encorajou a escrever um livro sobre o caso Jackson, mas eu ainda sentia que estava lutando numa árdua batalha. Poucas semanas depois, passei alguns dias com Tom Mesereau, não uma vez, mas duas vezes e peguei sua autorização. Senti que, independentemente do que a mídia, os céticos e todos os meus amigos e familiares estavam dizendo, eu precisava me encontrar com Michael Jackson e começar a escrever. Notei que as pessoas se divertiam com isso quando eu as contava a minha ideia.
Um livro sobre a inocência de Michael Jackson? Impossível! Quanto mais as pessoas apresentavam seus comentários negativos, mais eu ganhava ânimo para lutar em meio a milhares de páginas de transcrições do julgamento e com gente que discordava da minha opinião. Comecei a achar que o livro nunca ficaria pronto. Para mim, boa parte do tempo tornou-se um trabalho árduo, sempre senti como se estivesse carregando o mundo nos meus ombros. Adoraria saber se Michael sentiu-se assim em sua vida. Mantive a minha opinião e o meu espírito na época em que Jackson me disse “Oi” durante o julgamento. Estava no corredor durante um intervalo e passei despercebida por ele, como se fosse uma estátua de cera. De repente, ele se virou pra mim e disse: “Oi”. Quando ele falou, me assustei. Ele estava engraçado, e eu amei!
As pessoas sempre me perguntam se eu conheci Michael Jackson e eu respondo que sim, mas nunca me apresentei de verdade a Michael e ele certamente não sabe muita coisa sobre mim.

Apenas uma vez me dirigi diretamente a ele, para uma nota à imprensa. Eu estava começando no ramo e Jackson participava de uma coletiva, quando o perguntei se falava com seus fãs nos portões de Neverland. Michael já estava saindo daquela multidão de repórteres, mas voltou, olhou pra mim e respondeu: “Eu amo os meus fãs, eu amo os meus fãs! E estarei lá mesmo que tenha apenas uma pessoa que se importe.”.
Eu esperava fazer um livro que fosse além do objetivo de apoiar Jackson e que contradissesse o que diversas pessoas haviam relatado à imprensa tabloidiana. Se a verdade prevalecesse, de uma forma ou de outra, o povo abriria seu coração."
Afrodite Jones
1ª de Março de 2007


PREFÁCIO
Quando vi a jornalista Afrodite Jones na Corte de Santa Maria no caso Michael Jackson, me virei para outra direção. Eu nada queria com a Srta. Jones. De relance, meus olhos a avistaram; olhei secamente, a encarando de forma fria. Se olhares frios matassem, ela estaria morta.
Associava Afrodite Jones à mídia internacional que investigava pesadamente com o intuito de destruir Michael Jackson. Nunca em minha vida ou carreira eu tinha encontrado em meu meio semelhante maluca, desonesta e manipuladora alimentando e causando frenesi. Despeito a presença de muitos honrosos jornalistas a fantasmas de aproveitadores que pareciam ofuscar mais do que estavam sendo honestos, exatos e cuidadosos.
Aproximadamente um ano após Michael Jackson ser inocentado, eu inesperadamente encontrei a Srta. Jones em uma galeria de arte em Bevely Hills para celebridades que publicavam uma série de anotações pessoais de arquivos do tribunal. Inicialmente, tive uma leve discussão com a senhorita Jones. Eu disse-lhe que tinha a assistido pela televisão durante o caso Scott Peterson e observei sua agressividade ao colocar seu chefe de defesa, aconselhando Mark Geragos a se afastar, que aparentemente nivelava as noticias sobre o que estava acontecendo comigo.

A Senhorita Jones disse que me entendia completamente e respeitava muito o meu jeito e abordagem na defesa de Michael Jackson. Ela afirmou que tinha outro pensamento sob a forma como a mídia lidava e mostrava o julgamento de Michael Jackson. Ela se sentia culpada pela forma que parte da imprensa divulgava freneticamente as notícias. A Senhorita Jones pensava em escrever um livro sobre a realidade de Michael Jackson no tribunal e a distorção que mídia havia feito.
Quando Afrodite Jones perguntou se podia me entrevistar, eu estava cético. Minha colega e conselheira na defesa de Jackson, Susan Yu, foi inflexível, a Senhorita Jones não teve apoio nenhum no livro. Contudo, algumas coisas me diziam que a Senhorita Jones estava sendo bem sincera, corajosa e profissional em seu desejo de reunir informações corretas sobre a defesa de Michael Jackson.
Em entrevistas com a senhorita Jones e revendo alguns dos rascunhos iniciais do proposto livro, me surpreendi com sua sinceridade e seus esforços de ir contra a fluente mídia circulante e dizer a verdade sobre Michael Jackson. Concordei e a ajudei; muitos esforços vinham dos lugares certos. Mas me recusei a falar O QUE ou COMO escrever, sem nenhum interesse ou lucro financeiro no livro.

Alguém acreditava fortemente no poder e valor das idéias que eu concordava, apreciei ver os meus diferentes pontos de vista enquanto se tinha integridade, inteligência e informações precisas. No caso Michael Jackson, a maioria das conclusões da mídia era leviana, mal informada e precipitadamente julgada. Eu sabia em meu coração que Michael Jackson não era culpado daquelas acusações. Meu propósito ao escrever este prefácio é sublinhar como é importante um retrato verdadeiro sobre o trabalho do Sistema Judicial. Pelos últimos quinze anos, a sociedade americana foi pega pela interferência da mídia na Suprema Corte, alcançada pela televisão, documentários, séries de TV, filmes e livros (ambos fictícios ou não), onde tenho encontrado uma audiência massiva sob a subjetividade do Sistema Judiciário. A importância dos lucros – bilhões de dólares, pra tentar ser exato – foi o que produziu esse mundo cambaleante. Isso foi criticado por profissionais do jornalismo que mantinham os seus valores éticos no meio dessa explosiva exploração. Acredito que fiz acontecer, em muitos momentos do que acontecia no julgamento de Michael Jackson.
Quando setenta xerifes de Santa Barbara invadiram a casa de Michael Jackson, no Rancho Neverland, em novembro de 2003, eu estava retornando de um período de férias à Los Angeles, estava nos preparativos finais da defesa do ator Robert Blake, que era acusado de ser o assassino da esposa. Poucos minutos depois de eu ter ligado meu celular – que havia sido desligado por nove dias -, ele começou a tocar. Eram chamadas de longa distância dos advogados de Michael Jackson. Ele queria que eu pegasse imediatamente um vôo para Las Vegas e que fosse o conselheiro deles.
Eu recusei a oferta porque sentia que não estava sendo ético com os dois casos Blake e Jackson. Blake foi acusado pelo tribunal em fevereiro de 2004 e consumiu todo o meu tempo. Eu tinha conseguido que Robert Blake respondesse inicialmente ao processo em liberdade, durante o qual a Justiça esperava dizer que obter a fiança era impossível.
Eu tive sucesso em casos de conspirações, fazendo com que eles mudassem e desmentissem novamente na subsequência o que se via sendo capas de subterfúgios de opiniões em que o benefício foi à revisão do público, prosseguindo a insensatas notícias na televisão; sendo eu honesto, ele foi absolvido.

Três meses depois, às vésperas do julgamento de Robert Blake, fui abordado pelos advogados de Michael Jackson e, como tínhamos umas sérias decaídas externas que o juiz não podia resolver, me retirei da sua equipe de defesa.
Aproximadamente cinco semanas depois, Randy Jackson, irmão de Michael, me ligou e perguntou se eu poderia reconsiderar, eu precisava saber quanto tempo tinha e se poderíamos nos encontrar socialmente de tempos em tempos. Disse a Randy que estava livre e que poderia conhecer Michael Jackson. Randy arrumou um vôo para que eu fosse à Florida com esse propósito e o resto é historia. Toda minha vida foi radicalmente mudada à pedido de Randy.
Mas, antes, eu precisava conhecer o caso Michael Jackson. Eu estava chocado com o teatro armado em torno da defesa de Jackson. Seus advogados estavam viajando para Santa Maria num jato particular e, aparentemente, tínhamos uma boa equipe. Michael estava atrasado para sua primeira audiência; manifestações de fãs em torno de seu carro e uma multidão de jornalistas o atrasavam ainda mais. O encontro legal e financeiro adverso de Jackson. O local no qual os jornalistas se referiam à equipe de Michael como “time dos sonhos”, em um elegante hotel em Bevely Hills. A entrevista de Michael ao programa 60 Minutes – no qual ele comentou o resultado desastroso de sua prisão – e rumores de uma visita de um grupo islâmico a Jackson tiveram uma péssima repercussão na conservadora comunidade de Santa Maria. Eu não gostei disso de modo algum.
Escolhi suavizar tudo. Na sala do tribunal, me opus a câmeras e pedi ao juiz que mandasse fechar e silenciar a sala. Eu revidei as provocações individuais sobre a defesa e uma ou outra provocação imediata e gratuita. Certas pessoas não tinham confiança em mim, eram frias e por fora se encontravam fechadas ou negavam acesso a informações importantes. Meu foco era as treze pessoas: o juiz e os doze jurados. Eu gostava da comunidade de Santa Maria, meus instintos me diziam que seriam justos com Michael.
A defesa de Michael Jackson tinha que enfrentar três desafios: o processo, a imprensa e uma legião de medíocres conselheiros em volta do inocente e vulnerável Michael Jackson. Estou feliz em dizer que tivemos sucesso nesses três obstáculos.

O processo gastou mais dinheiro e tempo tentando condenar Michael Jackson do que qualquer outro na história. Na década de 1990, o advogado regional, Tom Sneddon, começou a investigar e reunir dois Grandes Júris – Santa Barbara e Los Angeles – para indiciar Michael Jackson e juntos reforçarem as chances de algum crime. Em meados de 1990, o Sr. Sneddon viajou para dois pequenos países, alegando procurar vítimas de Michael. Ele não encontrou nada. O Sr. Sneddon montou um web site com o departamento do xerife de Santa Barbara para obter informações sobre Michael Jackson e contratou a firma PR. Isso foi um absurdo.
Em 2004, um terceiro júri estava reunido nesse caso e Michael foi indiciado. O processo, que teve nove acusações instauradas – mais do que eu jamais tinha visto em qualquer outro caso de pena de morte ou outra forma qualquer de acusações inscritas. Eles imprudentemente contrataram peritos em diversas áreas para uma reconstrução acidental: computação gráfica, segurança de sistema, DNA, contabilidade forense, agências financeiras, criminalistas,telefônicas, de molestação infantil, psicólogos, patologistas e consultoria jurídica. Fizeram todos os esforços para bombardear e passar ao júri algum fato concebível que pudesse ajudar a condenar Michael. Isso incluía contratar um júri para consulta obtendo sucesso convencendo Timothy Mcviegh, Martha Stewart e Scott Peterson a ajudar no processo.
De imediato, nunca saberemos o quanto de tempo e dinheiro foi realmente gasto no processo, quanto foram os advogados oficiais da região. Os números estavam ridicularizando o julgamento e os advogados, de certo modo. As agências coagiam ao redor do mundo nos contatos. É claro que todo esse dinheiro era do contribuinte de Santa Barbara, Califórnia.

Mas acredito que a impressa global cobriu esse julgamento com um número maior de repórteres do que os julgamentos de O.J Simpson e Scott Peterson juntos. Pois nunca se teve uma cobertura de um caso dessa grandeza e nunca mais haverá essa probabilidade novamente. Infortunadamente, acreditavam na possibilidade de arrecadar uma enorme quantia de dinheiro em cima de filmes, shows, remontagens e livros sobre a ascensão e queda de Michael Jackson; de qualquer modo, era necessária uma condenação para que alguns desses projetos tivessem sucesso. Se Michael Jackson tivesse ido pra a prisão, teria a maior cobertura mundial da impressa na história. Bilhões de dólares envolviam a conta.
Isso tudo porque ele é a maior e mais afamada celebridade, Michael Jackson atrai enormes gamas de personalidades de peso, “socialites”, incluído advogados e anônimos igualmente. Ele era assunto constante dos mais medíocres e imprudentes conselhos pra ele especialmente sobre a sua própria defesa. Pessoas diziam a ele tudo sobre os acontecimentos e as coisas que faziam, esse mar de tolos era uma perigosa distração.
Um esclarecimento: considerando o papel da mãe acusadora no tribunal, dediquei-me muitos dias para provar que ela estava esgotando o alvo de seus ataques. Durante a minha declaração de abertura, comuniquei ao júri que provaria que a mãe estava orquestrando falsas acusações. Eu tinha a examinado durante três horas seguidas de audições, sabia que ela era um desastre para a acusação no cruzamento das informações. Eu estava informado sobre os acontecimentos da defesa de Jackson, quem não estava se esforçando para derrubar a acusação. Proibi cada pessoa da equipe de comentar o caso em Los Angeles. Quando soube que ela tinha cometido uma fraude contra a previdência social pelos os advogados distritais, soube que, segundo a lei da Califórnia, ela não podia depor.
Apesar da minha limpeza administrativa, alguns dos nove advogados estavam examinando um único testemunho no tribunal e comunicando as autoridades de Los Angeles, eu esperava que ela recusasse a depor e que retirasse as acusações para assegurar o que falava e a postura deles no caso. Ela tinha que se manter firme, tinha que se recusar a qualquer testemunho dentro da constituição da Califórnia ou dos Estados unidos. Ela tinha um acordo e isso foi um sério golpe em sua defesa.

Eu não acreditava que os advogados que informavam pretendiam ajudar Michael Jackson. Na minha opinião, simplesmente lhe faltavam visão e discernimento. Eles queriam ser parte do evento e do julgamento forte e de cliente vulnerável. Na realidade, eles não pertenciam a lugar nenhum desse caso.
Afortunadamente, eu tive dois excelentes advogados no meu time: Susan Yu e Robert Sanger. Embora todos nós tivéssemos diferentes antecedentes, estilos e perspectivas, fizemos um grande time. A Senhorita Yu e o Sr. Sanger estavam sempre focados e determinados na absolvição de Michael Jackson; eles sabiam que o grupo era esforçado e exigente. A questão era que tínhamos nossas diferenças, mas sempre a resolvíamos de modo que focássemos na vitória do caso. Eu também me consultava com a minha querida amiga Jennifer Keller, uma brilhante advogada de defesa criminal do sul da Califórnia. Ela é também uma do time de advogados que ganhou o caso comigo.
Nós também tínhamos um pessoal de assistentes profissionais. Os investigadores Jesus Castilho e Scott Ross estavam sempre nos mantendo longe da impressa e nunca permitiam que atraíssemos o estrelato que interrompesse o nosso foco da defesa. O potencial de distração desse caso estava em qualquer lugar. Eu tinha observado advogados em outros casos, tínhamos que manter as câmeras longe e, na minha opinião, eles procuravam um cliente interessante. Afortunadamente, isso nunca aconteceu nem com a senhorita Yu, nem com o Sr. Sanger ou comigo.

Eu tinha que revisar o livro da Srta. Jones e comentar seus esforços. Se alguém quiser saber o que realmente aconteceu com Michael Jackson naquela sala de tribunal, leia este livro. Explicações limpas e detalhes do porquê ele era inocente, o compassivo gênio da musico foi absolvido: isso foi um feito para o júri conservador de Santa Maria, Califórnia. A justiça foi feita e eu me sinto orgulhoso por ter estado à frente do caso Michael Jackson.
Thomas A. Mereseaus, Jr
Los Angeles, Califórnia


ÍNDICE
“ABC it‟s Easy”cap 1
“Music and Me”
“Shake it, Shake it, Baby”
“I Wanna Be Where You Are”
“Wanna Be Startin‟ Somethin‟”
“Rock With You”
“Stop! The Love You Save”
“Do You Remember The Time?”
“Askin‟ Him to Change His Ways”
“If You Wanna Make the World a Better Place, Take a Look at Yourself and Make a Change”
“Who‟s Bad?”
“Got To Be There”
“Livin‟ Off The Wall”
“Little Bitty Pretty One”
“We Are Here To Change The World”
“Don‟t Stop „Til You Get Enough”
“Be Careful Who You Love”
“Black And White”
“People Make The World Go „Round”
“With A Child‟s Heart”
“She‟s Out Of My Life”
“Never Can Say Good-Bye”
“One Day In Your Life”162
“Beat It”
“History”179
“Ebony and Ivory”183
“It‟s a Thriller”187
“The Love You Save”190
“Ask Me How I Know”193
“Will You Be There”205
“I Want You Back”209
“Leave Me Alone”212
“Moonwalk” 217
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NOTAS IMPORTANTES:
TRADUÇÃO FEITA POR LÍLIAN E LAIS
COLABORAÇÃO: VÍVIAN GONÇALVES.
VISITE O FÓRUM: Fórum Umbreakable
----------------------------------------Nota Minha-----------------------------------
Este é um livro que como vcs puderam ver, trata do período do julgamento de Michael. Muito bem, vou postar parte por parte desse livro pra vcs, de acordo com as postagens da fonte por onde eu pego. Espero que gostem, é um livro muito importante pra provar a inocência de Michael e pra saber o que ele realmente passou naquele período perturbador.
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